Eduardo Campos diz
que 'país parou' e 'saiu dos trilhos' do desenvolvimento
Pré-candidato à Presidência da República nas eleições
de outubro, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), afirmou nesta
terça-feira (4) ter a "percepção clara" de que o Brasil
"parou" e "saiu dos trilhos" do desenvolvimento. No
auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, em Brasília, Campos lançou, ao
lado da ex-senadora Marina Silva (PSB-AC), as diretrizes para uma eventual
gestão na Presidência.
De acordo com Campos, a "sensação" de que o Brasil
"freou" impôs ao PSB lançar candidatura própria à Presidência da
República.
Mais cedo, nesta terça-feira, o governador pernambucano e
Marina Silva entregaram o documento com as diretrizes do governo ao presidente
do PPS, deputado Roberto Freire (SP). O partido oposicionista oficializou, em
dezembro, apoio à chapa presidencial do PSB em 2014.
Campos entrou no auditório da Câmara aos gritos de ordem:
"Brasil, para frente, Eduardo presidente". A ex-senadora Marina Silva
se sentou ao lado do governador e foi aplaudida de pé ao chegar ao Nereu Ramos.
Diretrizes
As 12 diretrizes apresentadas por Eduardo Campos e Marina
Silva nesta terça-feira estão compreendidas em cinco "eixos: Estado e
democracia de alta intensidade; economia para o desenvolvimento sustentável;
educação, cultura e inovação; políticas sociais e qualidade de vida; e novo
urbanismo e pacto pela vida.
Primeiro eixo (Estado e democracia de alta intensidade): o
partido propõe o uso da tecnologia e da mídia digital para ampliar a
democracia. Defende ainda o fim de "disputas personalistas", o fim do
abuso do poder econômico e a "superação do clientelismo". Para tanto,
defende a realização de uma reforma política.
Segundo eixo (economia para o desenvolvimento sustentável):
a aliança PSB-Rede Sustentabilidade defende valorizar pequenas e médias
empresas, implementar uma economia que produza baixa emissão de gás carbônico
(CO2), modernizar a agricultura e "reformular a reforma agrária".
Terceiro eixo (educação cultura e inovação): Campos diz que
o foco será a erradicação do analfabetismo, a ampliação da política de cotas e
a integração entre educação e cultura, com a abertura de escolas à
"diversidade cultural" do país.
Quarto eixo (políticas sociais e qualidade de vida): o
partido diz que reforçará o Sistema Único de Saúde (SUS), a atenção básica de
saúde e o atendimento a famílias.
Quinto eixo (novo urbanismo e pacto pela vida): o PSB
promete melhorar a mobilidade urbana, investindo no transporte coletivo em
"todas as suas modalidades". Para resolver o problema da segurança
pública, o partido propõe uma "reconciliação" entre a periferia e as
áreas centrais das cidades. Para a sigla, o acesso a transporte, cultura e
lazer deve contribuir para gerar uma "cultura de paz".
Com informações do G1