Paulo
Rubem diz apoiar manifestações e afirma que é contra a PEC 37
O deputado Paulo Rubem Santiago
(PDT) participou do “Nordeste em Foco” desta quarta-feira (19) e falou sobre os
protestos que têm acontecido nas ruas de todo o Brasil nos últimos dias.
Segundo ele, as
manifestações são justas e refletem apenas a revolta do povo com atual sistema político
brasileiro. “Confesso que fico feliz ao ver que as principias reivindicações
que foram levadas às ruas, são antigas bandeiras dos meus mandatos como homem
público. Cito como exemplos, o combate à corrupção, a redução de tarifas do
transporte público e a luta por uma educação digna para o nossos filhos”, disse
o deputado.
Paulo Rubem disse também que
os partidos políticos só legislam em causa própria. “Na verdade os partidos
lutam apenas por seus interesses e dão as costas para a educação e para outros
setores como a saúde pública”, disse ele, que emendou, “o povo tem mais é que
ir as ruas mesmo, pois só depois dos manifestos é que prefeitos resolveram
baixar o preço da passagem dos ônibus em seus municípios”.
Em determinado trecho da
entrevista Paulo Rubem bateu pesado na política social da presidente Dilma Rousseff
(PT). “O Governo Federal faz uma política burra, ao invés de investir no transporte
público, ele investe no transporte privado”, afirmou o pedetista, que foi mais
além, “esses protestos são um recado claro para Dilma. Não basta governar com
cartões de benefícios, dando dinheiro ao povo, temos que mudar isso e dar
condições dignas de vida nossa nação”.
Sobre a polêmica PEC 37, que
minimiza os poderes do Ministério Público em investigações, ele foi claro e
disse que ao contrário do que foi veiculado em redes sociais, ele não apoia a
ideia. “Essa PEC nem sequer foi votada
ainda. Pessoas desinformadas ou mesmo movidas por má fé espalharam a ideia de
que eu teria votado a favor dessa questão. Não votei, sou contra a ideia, eu
apenas assinei o pedido de instauração da mesma”.
Paulo Rubem falou mais sobre
a PEC 37 e afirmou que existem interesses escusos por trás da mesma. “Creio que
existem interesses escusos de gente grande, que quer tirar o poder do Ministério
Publico de vários inquéritos”, pontou ele, que prosseguiu, “devemos trabalhar
para aperfeiçoar o trabalho das Polícias e do MP, mas não tirar o Ministério
Público das investigações que ele realiza”.
César Mello