quarta-feira, 19 de junho de 2013

Paulo Rubem diz apoiar manifestações e afirma que é contra a PEC 37

O deputado Paulo Rubem Santiago (PDT) participou do “Nordeste em Foco” desta quarta-feira (19) e falou sobre os protestos que têm acontecido nas ruas de todo o Brasil nos últimos dias.

Segundo ele, as manifestações são justas e refletem apenas a revolta do povo com atual sistema político brasileiro. “Confesso que fico feliz ao ver que as principias reivindicações que foram levadas às ruas, são antigas bandeiras dos meus mandatos como homem público. Cito como exemplos, o combate à corrupção, a redução de tarifas do transporte público e a luta por uma educação digna para o nossos filhos”, disse o deputado.

Paulo Rubem disse também que os partidos políticos só legislam em causa própria. “Na verdade os partidos lutam apenas por seus interesses e dão as costas para a educação e para outros setores como a saúde pública”, disse ele, que emendou, “o povo tem mais é que ir as ruas mesmo, pois só depois dos manifestos é que prefeitos resolveram baixar o preço da passagem dos ônibus em seus municípios”.

Em determinado trecho da entrevista Paulo Rubem bateu pesado na política social da presidente Dilma Rousseff (PT). “O Governo Federal faz uma política burra, ao invés de investir no transporte público, ele investe no transporte privado”, afirmou o pedetista, que foi mais além, “esses protestos são um recado claro para Dilma. Não basta governar com cartões de benefícios, dando dinheiro ao povo, temos que mudar isso e dar condições dignas de vida nossa nação”.

Sobre a polêmica PEC 37, que minimiza os poderes do Ministério Público em investigações, ele foi claro e disse que ao contrário do que foi veiculado em redes sociais, ele não apoia a ideia.  “Essa PEC nem sequer foi votada ainda. Pessoas desinformadas ou mesmo movidas por má fé espalharam a ideia de que eu teria votado a favor dessa questão. Não votei, sou contra a ideia, eu apenas assinei o pedido de instauração da mesma”.

Paulo Rubem falou mais sobre a PEC 37 e afirmou que existem interesses escusos por trás da mesma. “Creio que existem interesses escusos de gente grande, que quer tirar o poder do Ministério Publico de vários inquéritos”, pontou ele, que prosseguiu, “devemos trabalhar para aperfeiçoar o trabalho das Polícias e do MP, mas não tirar o Ministério Público das investigações que ele realiza”.

César Mello