segunda-feira, 10 de junho de 2013



Câmara aprova redução do salário de Professores de Juazeiro do Norte


 A Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, situada na região do Cariri do Ceará a quase 600 quilômetros de Fortaleza, aprovou na última quinta-feira (6), proposta enviada pelo prefeito Raimundo Macedo (PMDB) que reduz em até 40% o salário dos professores da rede pública do Municipal.

A votação ocorreu sob protestos da categoria e acabou com conflito entre vereadores, educadores e Polícia Militar que fez uso de cassetetes e spray de pimenta. Apesar de toda mobilização dos professores e da população revoltada com a proposta, o projeto foi aprovado com 12 votos favoráveis, quatro contrários e três abstenções. Além da redução dos proventos pelo corte de gratificações de insalubridade, o projeto ainda aumentou a carga horária e retirou direitos da categoria, como benefícios para educadores próximos da aposentadoria ou que ficarem doentes no exercício da profissão.

O clima durante a votação foi tenso com bate boca entre vereadores da situação e da oposição. A situação se agravou quando manifestantes invadiram o plenário da Casa, sendo contidos pela Polícia e Guarda Municipal. O projeto foi aprovado sob vaias dos professores.
O líder do governo na Câmara, Nivaldo Cabral (DEM), defendeu o projeto destacando a necessidade de reduzir a folha da Prefeitura, que estaria “inviável”. Ele também ressaltou que os professores de Juazeiro tem salários acima do piso pago no Estado.

Os professores, por sua vez, acusam a gestão municipal de manter um número elevado de cargos comissionados. Atualmente, o piso estabelecido pelo Ministério da Educação para o magistério é de R$ 1,5 mil. Somando gratificações, professores de Juazeiro recebem cerca de R$ 2,2 mil. Com os descontos, educadores poderão perder até R$ 600.

Coincidentemente, o prefeito da cidade, autor do projeto, não estava na cidade no dia da votação. Segundo funcionários da prefeitura, Raimundo Macedo se encontra em viagem ao exterior. Os vereadores em questão são os mesmo que recentemente aprovaram três meses de recesso por ano, apesar do Ministério Público ter recomendado à Câmara dos Vereadores de Juazeiro a redução das férias.


COM INFORMAÇÕES DO JORNAL O POVO