terça-feira, 19 de novembro de 2019

Em editorial, O Estado de São Paulo pede demissão do ministro da Educação


"O mininistro da Educação, Abraham Weintraub, tem de ser demitido imediatamente." Com essa frase enérgica, o jornal O Estado de São Paulo abre seu editorial na edição de hoje. O veículo não está em rota de colisão com o governo, já tendo publicado entrevistas com o presidente Jair Bolsonaro, e sendo visitado pelo chefe do executivo nacional.

Após a primeira frase, que por si só já causa impacto, a publicação segue dizendo que há quadro mais qualificados no país, e que Weintraub não se porta da maneira decente que se espera de um servidor do primeiro escalão da República.

O Estado de São Paulo classifica, entre outras questões que deveriam culminar com a queda do ministro, suas publicações e postura no microblog Twitter como a principal motivação para o pedido. 

No último dia 15 de novembro, data em que se comemorou 130 anos da Proclamação da República, Abraham Weintraub usou seu perfil na rede social, e em uma série de publicações, disse: "Não estou defendendo que voltemos à Monarquia mas... O que diabos estamos comemorando hoje?", em seguida, ele afirmou que a proclamação teria sido uma infâmia contra D. Pedro II, a quem classificou como um dos melhores gestores e governantes da história.

No episódio, um usuário provocou o ministro, dizendo que se o Brasil voltasse a ser uma monarquia, Abraham seria nomeado o bobo da corte. Em resposta, o ministro da Educação disse: "Uma pena. Eu prefiro cuidar dos estábulos. Ficaria mais perto da égua sarnenta e desdentada da sua mãe".

O editorial de O Estado de São Paulo afirma que é admissível que o ministro da Educação pudesse ter um canal público de comunicação, mas que o ministro teria de ser outra pessoa.

A publicação também lembra que o marechal Deodoro da Fonseca foi classificado na série de postagens como "traidor da Pátria", comparado ao ex-presidente Lula.

Finalizando o texto, diz o Estado de São Paulo: "Os brasileiros de bom senso, independentemente de predileções políticas, hão de estar estarrecidos com a mais recente explosão do ministro da Educação. Se ainda assim Abraham Weintraub não for substituído, o que mais pode vir?", questiona.

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